terça-feira, 28 de julho de 2009

BRISA DE VERÃO...

(foto de Hideki)
Gostaria de não pensar mais...
Gostaria que ela não existisse...
Não gostaria que em minha vida passasse...
Passou, como uma brisa
Uma Brisa de verão
Que me refrescava depois de um inverno...
Passou...
Mas passou rápido demais...
Que me fez chorar...
Que me fez lembrar...
Que a Brisa passa, e a mesma não volta...
Não volta mais....

Por isso ainda continuo,
Olhando para o chão
Na esperança que a Flor abra
Volte na primavera...
E que me aqueça, livre-me do inverno...
Deste triste caminho da solidão...
E me traga novamente o verão...
E que me aqueça em todos os dias...
.
(Alexandre Hideki)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

ULTIMA NOITE...

(foto de Hideki)
Em uma noite...
Fumando o ultimo cigarro
Bebendo o ultimo drink
Vejo “corvos” em volta
Vejo consolos de um fim
Tento não pensar mais
o que me deixa em pânico

Falando ultimas palavras
Antes do ultimo cigarro
Cantando na praça
Antes do ultimo drink
Vejo pessoas que nunca vi
Vejo um mundo extremamente diferente

Choro para este ultimo momento
Choro para este começo de um instante
Penso em mais um cigarro
Depois de terminar o maço
Penso em minha dor
depois do ultimo drink

Em um instante me vejo cair
Em um instante me vejo passando mau
Em um instante vejo ficando escuro
Em um instante não sinto mais nada
Em um instante...

Acordo com uma forte luz
Acordo como se não soubesse andar
Acordo para uma vida nova
Acordo para aprender mais...
Para nunca mais,
tomar tantas saideiras...
E tentar me preocupar menos,
E viver mais...
.
(Alexandre Hideki)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Versos Íntimos - Augusto dos Anjos

(foto de Hideki)

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

(Augusto dos Anjos)
.
*sugestão - MUSICA - Tom Jobim - TRISTE
Elis Regina - Triste

domingo, 5 de julho de 2009

IN MY LIFE - The Bleatles

(foto de Hideki)
There are places I remember all my life,
Though some have changed,
Some forever, not for better,
Some have gone and some remain.

All these places had their moments
With lovers and friends I still can recall.
Some are dead and some are living.
In my life I've loved them all.

But of all these friends and lovers,
There is no one compares with you,
And these memories lose their meaning
When I think of love as something new.

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.

Though I know I'll never lose affection
For people and things that went before,
I know I'll often stop and think about them,
In my life I'll love you more.
In my life I'll love you more.
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(John Lennon & Paul Mc Cartney)
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*sugestão - MUSICA - escute - In My Life - na versão de Johnny Cash
..................................- Minha Vida - na versão de Rita Lee
Johnny Cash - In My Life

quinta-feira, 2 de julho de 2009

DONA MORTE, POR FAVOR...

(foto de Hideki)
Dona Morte, não me leve tão já,
Só tenho vinte poucos anos,
Gostaria de vivenciar mais o agora,
Sentir o gosto da comida que nunca provei;
Sentir a sensação da adrenalina do medo.
Aprender do que eu era contra;
Aprender com os meus inimigos;
Aprender com os meus amigos;
Aprender mais com a minha família;
Aprender muito mais com a minha mãe
Aprender a paciência do meu pai.

Dona Morte, não me leve tão já,
Sou novo, ainda não sei o que é a vida,
Talvez quando nos 70 chegar, aprenderei.
Ainda quero ter amores,
Ainda quero ter decepções,
Ainda quero ter felicidades,
Ainda quero ter abraços,
Ainda quero conhecer outras pessoas
Ainda quero conhecer outros lugares.

Dona Morte, não me leve tão já,
Ainda não conheci todos os bares,
Não tomei todos os conhaques,
Não tomei todas as pingas,
Não tomei todas as cervejas,
Não dormi em todos os lugares,
Ou quero dizer, não me larguei em todos os lugares.

Pensando bem.
Dona Morte, me leve quando você quiser.
Porque não me arrependo do que eu vivi.
E na hora certa,
Que meus amigos me defenda pelas ofensas ditas,
Que não aumentem as minhas historias vividas,
Que somente recontem as verdadeiras historias,
Que deixem falarem mau de mim,
Que falem também as minhas boas ações,
Que cantem para mim,
Que chorem por mim,
E se der vontade ria, bem alto, por mim.
E me leve para os que um dia já chorei.
Mas espero o que eu vivi, não seja somente na minha mente,
Que esteja no meu espírito, gravado, a minha vida inteira,
Para a minha vida inteira.

Dona Morte, pensando bem...
Mas me deixe ainda um pouco !!
Pois não vivi tristezas o suficiente,
Para algo aprender.
.
(Alexandre Hideki)